sábado, 27 de outubro de 2012

HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO






          
Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez no livro de Atos com seu nome hebraico – Saulo ( Atos 7:58 ; 13:9 ). Nasceu em Tarso, Cicília, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia). Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estevão (Atos 7:58). Seu pai sem dúvidas era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais tarde utilizou desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado em Roma pelo próprio imperador César (Atos 22:25). A despeito de sua cidadania, ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu um instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com o judaísmo e circuncidado no oitavo dia de vida: portanto, era zeloso na obediência da cada ponto da lei mosaica (Fp. 3:5,6).
Paulo era tão zeloso da lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Paulo era tão zeloso da lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais, zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (Atos 22:3).
Todos os mestres judaico exerciam determinada função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso altamente educado aprendesse também uma profissão com o seu pai. Paulo era fabricante de tendas (Atos 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como exerceu essa função para se sustentar ( I Co. 4:12; 2 Ts. 3:8: etc.) . Existem amplas evidências nessa e em outras passagens de que ele trabalhava, para não impor um julgo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o evangelho de Cristo (I Co. 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos a finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro (I Ts. 2:3-6).
Com a educação que possuía e a profissão de aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes de se tornar cristão.Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica, latina a aramaica. É mencionada pela primeira vez em Atos, como responsáveis pelas vestes das multidões que apedrejavam Estevão até à morte por causa da sua fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também Saulo consentia na morte dele” (Atos 8:1). Perseguidor dos cristãos. A partir da morte de Estevão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus serviços aos líderes judaico de Jerusalém. A caminho de Damasco, uma luz muito forte brilhou no céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que recebeu deixou-o realmente surpreso a apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu persegues” (Atos 9:4,5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e aguardasse outras informações. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na casa de Judas, onde aguardou a visita da Ananias ( veja Ananias). Esse tempo sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).
Ananias impôs as mãos sobre ele, Imediatamente ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia sobre Jesus. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na Segunda, em Atos 26, quando fazia sua defesa diante do rei Agripa. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de “viagens missionárias”. A primeira , realizada provavelmente entre os anos 42 e 48 d.C, iniciou-se na terra de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao prôconsul romano Sérgio Paulo (veja Sérgio Paulo). Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor” (Atos 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de seu ministério. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião, que ficou conhecida como “concílio de Jerusalém” (Atos 15:1-35). Primeiro ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral que houve muito louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus, argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados (Atos 15:5). A Segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (Atos 15:36 a 18:22). Ela foi muito importante, pois espalhou o Evangelho de maneira ainda mais ampla, tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém começou com uma diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira viagem devido as suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos determinar com certeza. Paulo achava que não devia leva-lo; por isso Barnabé e João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cicília, e visitou novamente as igrejas recém - fundadas em Derbe, Listra e Icônio. Paulo foi apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus melhores amigos – Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e “davam bom testemunho dele” (Atos 16:1,2). A próxima etapa da viagem foi em um território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (Atos 16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa visão alguém o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia. Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem, atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregavam em Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o Sul e pregaram em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegaram para Cesaréia, Jerusalém e finalmente Antioquia, local de partida. Apesar de o apóstolo nunca mais retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos das novas gerações de missionário e pastores fiéis ao Senhor.
Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase levou-o à morte (Atos 21: 27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o Evangelho de Jesus, quando falou sobre a sua própria conversão e chamado para o ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança a fortaleza. Foi obrigado a apelar para a sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No dia seguinte o comandante romano convocou o sinédrio e Paulo se defendeu diante de seus acusadores (Atos 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão entre os seus acusadores ao alegar que era julgado porque acreditava na ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus, que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma testificar do Evangelho (Atos 23:11). Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do destacamento romano, Claudiolícias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu de Paulo acerca do “caminho”, mas que em deferência aos judeus manteve o apóstolo preso por mais dois anos. Paulo foi então transportado para Roma na condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio. Depois de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas (Atos28). Durante dois anos vivendo nesse sistema, Paulo continuou “pregando o reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor Jesus Cristo, sem impedimento algum” (Atos 28:31).
Existem poucas indicações sobre o que aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o evangelho, mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas pastorais referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em Atos, pressupões-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam a sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em filipenses 1:19,25;2:24. Provavelmente após a sua absolvição ele acalentou o desejo de ir à Espanha (Rm. 15:24 –28). Este período também seria a época em que as cartas a Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal, Paulo foi preso e novamente levado de volta a Roma, onde escreveu 2 Timóteo. Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. 2 Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo, no qual foi condenado à morte (v.18). mesmo nesse triste capítulo, entretanto, percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm 4:17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador Nero, por volta do ano 67 d.C.

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