HISTÓRIA DO APÓSTOLO PAULO
Judeu, fariseu, encontrado pela primeira vez
no livro de Atos com seu nome hebraico – Saulo ( Atos 7:58 ; 13:9 ). Nasceu em
Tarso, Cicília, cidade localizada na Ásia Menor (atualmente sul da Turquia).
Provavelmente nasceu uns dez anos depois de Cristo, pois é mencionado como “um
jovem”, na ocasião do apedrejamento de Estevão (Atos 7:58). Seu pai sem dúvidas
era judeu, mas comprou ou recebeu cidadania romana. Por essa razão, Paulo mais
tarde utilizou desse direito por nascimento. Por isso, apelou para ser julgado
em Roma pelo próprio imperador César (Atos 22:25). A despeito de sua cidadania,
ele foi criado numa família judaica devotada, da tribo de Benjamim. Recebeu um
instrução cuidadosa na lei judaica e tornou-se fariseu. Também descreveu a si
mesmo como “hebreu de hebreus”. Foi criado de acordo com o judaísmo e
circuncidado no oitavo dia de vida: portanto, era zeloso na obediência da cada
ponto da lei mosaica (Fp. 3:5,6).
Paulo era tão zeloso da lei e de sua fé que,
em certa época de sua vida, provavelmente no início da adolescência, viajou
para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso rabino de sua época. Paulo era
tão zeloso da lei e de sua fé que, em certa época de sua vida, provavelmente no
início da adolescência, viajou para Jerusalém, onde foi aluno do mais famoso
rabino de sua época. Posteriormente, disse aos líderes judeus: “E nesta cidade
criado aos pés de Gamaliel, instruído conforme a verdade da lei de nossos pais,
zeloso de Deus, como todos vós hoje sois” (Atos 22:3).
Todos os mestres judaico exerciam determinada
função para sobreviver; por isso, não é de admirar que esse líder religioso
altamente educado aprendesse também uma profissão com o seu pai. Paulo era
fabricante de tendas (Atos 18:3) e ocasionalmente a Bíblia menciona como
exerceu essa função para se sustentar ( I Co. 4:12; 2 Ts. 3:8: etc.) . Existem
amplas evidências nessa e em outras passagens de que ele trabalhava, para não
impor um julgo sobre as pessoas entre as quais desejava proclamar o evangelho
de Cristo (I Co. 9:16-19). Além disso, dada a maneira como os professores
itinerantes e filósofos esperavam ser sustentados pelas pessoas com alimentos a
finanças, Paulo provavelmente não desejava ser considerado mais um aventureiro
(I Ts. 2:3-6).
Com a educação que possuía e a profissão de
aceitação universal, é bem provável que Paulo já tivesse viajado bastante antes
de se tornar cristão.Com certeza era fluente nas línguas grega, hebraica,
latina a aramaica. É mencionada pela primeira vez em Atos, como responsáveis
pelas vestes das multidões que apedrejavam Estevão até à morte por causa da sua
fé e seu compromisso com Cristo e o desejo de promover o Evangelho. “Também
Saulo consentia na morte dele” (Atos 8:1). Perseguidor dos cristãos. A partir da
morte de Estevão, uma grande perseguição se levantou contra os seguidores de
Cristo. As atividades zelosas de Saulo, como judeu, levaram-no a unir-se aos
perseguidores. Não precisou ser forçado, mas ofereceu voluntariamente seus
serviços aos líderes judaico de Jerusalém. A caminho de Damasco, uma luz muito
forte brilhou no céu ao redor dele, e fez com que ele caísse por terra e
ficasse cego. Enquanto isso, uma voz lhe disse: “Saulo, Saulo, por que me
persegues?” Atônito, ele perguntou: “Quem és tu, Senhor?” A resposta que
recebeu deixou-o realmente surpreso a apavorado: “Eu sou Jesus, a quem tu
persegues” (Atos 9:4,5). Cristo então lhe disse que entrasse em Damasco e
aguardasse outras informações. Saulo esperou três dias, sem comer nem beber, na
casa de Judas, onde aguardou a visita da Ananias ( veja Ananias). Esse tempo
sem comer nem beber provavelmente foi um jejum de arrependimento, pois a Bíblia
diz que, quando o servo de Deus chegou, encontrou-o orando (v. 11).
Ananias impôs as mãos sobre ele, Imediatamente
ele recebeu o Espírito Santo e foi batizado. Saulo ainda ficou vários dias na
companhia dos cristãos de Damasco, sem dúvida para aprender o máximo que podia
sobre Jesus. Ele próprio contou sobre sua experiência de conversão em duas
ocasiões posteriores. Na primeira instância, em Atos 22, quando foi preso em
Jerusalém e pediu para falar à multidão. Na Segunda, em Atos 26, quando fazia
sua defesa diante do rei Agripa. As viagens de Paulo são geralmente chamadas de
“viagens missionárias”. A primeira , realizada provavelmente entre os anos 42 e
48 d.C, iniciou-se na terra de Barnabé, a ilha de Chipre. Atravessaram todo o
território, anunciando o Evangelho. Quando chegaram a Pafos, Paulo teve
oportunidade de proclamar a Palavra de Deus ao prôconsul romano Sérgio Paulo
(veja Sérgio Paulo). Então o procônsul creu, maravilhado da doutrina do Senhor”
(Atos 13:12). Esta conversão representa a confirmação final para Paulo de que
ele realmente contemplaria gentios influentes tornar-se cristãos por meio de
seu ministério. Os apóstolos e os líderes cristãos compareceram a tal reunião,
que ficou conhecida como “concílio de Jerusalém” (Atos 15:1-35). Primeiro
ouviram os relatórios de toda a obra de evangelização que era desenvolvida na
Ásia Menor, em Antioquia e entre os gentios de modo geral que houve muito
louvor a Deus. Alguns cristãos, entretanto, que antes foram fariseus,
argumentaram que os convertidos entre os gentios deveriam ser circuncidados
(Atos 15:5). A Segunda viagem durou de 49 a 52 d.C. (Atos 15:36 a 18:22). Ela
foi muito importante, pois espalhou o Evangelho de maneira ainda mais ampla,
tanto pela Ásia Menor como pela Europa. Infelizmente, porém começou com uma
diferença de opinião entre Paulo e Barnabé. O segundo queria levar João Marcos
novamente com eles. Talvez o jovem tenha retornado a Jerusalém na primeira
viagem devido as suas dúvidas sobre a pregação entre os gentios, mas não podemos
determinar com certeza. Paulo achava que não devia leva-lo; por isso Barnabé e
João Marcos foram para Chipre, a fim de consolidar o trabalho ali, e Paulo foi
para o Norte. Na companhia de Silas, passou por Tarso, na Cicília, e visitou
novamente as igrejas recém - fundadas em Derbe, Listra e Icônio. Paulo foi
apresentado a um jovem, convertido ao cristianismo, que se tornou um de seus
melhores amigos – Timóteo. Seu pai era grego, porém sua mãe era judia. Os
líderes da igreja em Listra insistiram para que Paulo o levasse consigo e
“davam bom testemunho dele” (Atos 16:1,2). A próxima etapa da viagem foi em um
território novo. Fizeram uma caminhada por terra até Trôade, onde foram
orientados “pelo Espírito de Jesus” para não trabalhar naquela região (Atos
16:7). Enquanto pregavam naquela cidade, numa noite, Paulo contemplou numa
visão alguém o chamava para ministrar a Palavra de Deus na Macedônia.
Concluindo que era uma direção divina para a próxima etapa da viagem,
atravessaram de barco para a província grega da Macedônia, onde pregavam em
Neápolis, Filipos, Tessalônica e Beréia. Dali, navegaram para o Sul e pregaram
em Atenas e Corinto (onde ficaram por 18 meses), antes de atravessarem de volta
para Éfeso, na Ásia Menor, e de lá navegaram para Cesaréia, Jerusalém e
finalmente Antioquia, local de partida. Apesar de o apóstolo nunca mais
retornar a muitos daqueles lugares, sabia que o trabalho continuaria nas mãos
das novas gerações de missionário e pastores fiéis ao Senhor.
Assim que Paulo chegou a Jerusalém, a
profecia de Ágabo se cumpriu. Os judeus instigaram a oposição e o apóstolo foi
preso para sua própria proteção, no meio de um tumulto contra ele que quase
levou-o à morte (Atos 21: 27-36). Paulo pediu permissão ao comandante romano
para falar à multidão e aproveitou a oportunidade para mais uma vez pregar o
Evangelho de Jesus, quando falou sobre a sua própria conversão e chamado para o
ministério para os gentios. Quando mencionou a salvação dos povos, novamente a
turba se alvoroçou e o apóstolo foi conduzido com segurança a fortaleza. Foi
obrigado a apelar para a sua cidadania romana, a fim de não ser chicoteado. No
dia seguinte o comandante romano convocou o sinédrio e Paulo se defendeu diante
de seus acusadores (Atos 23). Inteligentemente, o apóstolo causou uma divisão
entre os seus acusadores ao alegar que era julgado porque acreditava na
ressurreição. Os fariseus, que também acreditavam, discutiram com os saduceus,
que não aceitavam tal doutrina. Novamente, para sua própria proteção, o
apóstolo foi levado à fortaleza. Naquela noite o Senhor lhe apareceu e o
encorajou, ao dizer-lhe que deveria ir a Roma testificar do Evangelho (Atos
23:11). Foi descoberto um complô para matar Paulo e o comandante do
destacamento romano, Claudiolícias, decidiu transferi-lo para Cesaréia, onde
seu caso seria examinado pelo governador Félix. O capítulo 24 de Atos descreve
o julgamento do apóstolo diante de Félix, que pareceu interessado no que ouviu
de Paulo acerca do “caminho”, mas que em deferência aos judeus manteve o
apóstolo preso por mais dois anos. Paulo foi então transportado para Roma na
condição de prisioneiro, sob a custódia de um centurião chamado Júlio. Depois
de um naufrágio na ilha de Malta, o qual Paulo usou como uma oportunidade para
pregar o Evangelho, finalmente o grupo chegou a Roma, onde o apóstolo foi colocado
num regime de prisão domiciliar e tinha permissão para receber visitas
(Atos28). Durante dois anos vivendo nesse sistema, Paulo continuou “pregando o
reino de Deus e ensinando com toda a liberdade as coisas pertencentes ao Senhor
Jesus Cristo, sem impedimento algum” (Atos 28:31).
Existem poucas indicações sobre o que
aconteceu depois desse período de prisão domiciliar em Roma. É claro que Paulo
aproveitou a oportunidade da melhor maneira possível para pregar o evangelho,
mas Lucas encerra seu livro neste ponto, ao estabelecer o direito legal para
que a Palavra de Deus fosse pregada na capital do império. Existe muita
discussão entre os estudiosos sobre o que aconteceu. Desde que as epístolas
pastorais referem-se a eventos na vida do apóstolo que não são mencionados em
Atos, pressupões-se que Paulo realmente as escreveu. Então, muitos chegam a
sublime conclusão de que o apóstolo foi declarado inocente das acusações e
colocado em liberdade. Ele próprio dá a entender isso em filipenses
1:19,25;2:24. Provavelmente após a sua absolvição ele acalentou o desejo de ir
à Espanha (Rm. 15:24 –28). Este período também seria a época em que as cartas a
Timóteo e Tito foram escritas. Quando o cristianismo foi considerado ilegal,
Paulo foi preso e novamente levado de volta a Roma, onde escreveu 2 Timóteo.
Seu período de liberdade provavelmente durou até por volta de 62 a 66 d.C. 2
Timóteo 4 é então o triste relato do que certamente foi o julgamento final do apóstolo,
no qual foi condenado à morte (v.18). mesmo nesse triste capítulo, entretanto,
percebe-se que Paulo aproveita todas as oportunidades para pregar (2Tm
4:17,18). A tradição diz que morreu em Roma, como mártir nas mãos do imperador
Nero, por volta do ano 67 d.C.
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